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Dias comuns - Capítulo III - Lembranças

  • Meew
  • 3 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Após a consulta vou a caminho do Parque Central, é um lugar como qualquer outro com uma única diferença, me sinto melhor ali, livre, se posso dizer assim, não sei explicar o porquê mas é como se eu tivesse muita paz, diferente do lugar que chamo de lar. Algumas horas depois prestes a anoitecer volto para casa, o lugar para o qual eu não queria voltar.

Chegando próximo ao quintal da casa pude escutar gritos e coisas sendo quebradas, como se alguém estivesse atacando pratos e outros objetos de vidro contra a parede - ''Mas o que está acontecendo?!'' - penso comigo mesmo - Isso não é algo que normalmente acontece, aliás a última vez que escutei algo tão drástico foi quando eu tinha 9 anos de idade - Era uma noite de chuva, calma, estava em minha cama quando ouvi a porta bater tão forte que fez a casa tremer, lembro-me de ouvir alguém levantar no quarto ao lado, e, de repente comecei a ouvir gritos e objetos quebrando, desci as escadas e fiquei sentado em um degrau observando as sombras se confrontarem e gritarem uma com a outra, não me recordo o que aconteceu depois, mas senti um sentimento ruim em mim que me fez voltar pra cama e ignorar aquilo tudo - Abri a porta, e, todo aquele barulho havia sumido, talvez a visita ao Dr. Morgan tenha piorado invés de ajudar.

Não pensei muito no que tinha acabado de acontecer, então, fui ao banheiro tomar um banho frio, talvez eu estivesse ficando louco, enquanto a água fria beijava meu corpo gota após gota nem percebi que o tempo passará tão rapidamente, posso calcular que fiquei uns bons 20 minutos no banho, apenas pensando e relembrando meus sonhos e minha vida, sai do banheiro e fui direto ao meu quarto tentar dormir, minutos depois, adormeci.

Senti um incômodo ao perceber que os pequenos raios de sol que passavam pelas gretas da parede estavam vindo em direção ao meu rosto, levantei-me com muita dificuldade pois o sono ainda me consumia, dirijo-me até a cozinha para tomar um café, e, enquanto coloco o café na xícara olho através da janela, alguém, novamente, está me observando, mas algo dentro de mim diz para ignorar mais uma vez e continuar o meu café.


 
 
 

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